terça-feira, maio 15, 2007

A culpa é da arte.

Todos os dramas atuais de uma sociedade surreal-mentecapta ocorrem por culpa da arte.

Fala-se em educação e saúde como bases dessa abstrata sociedade ideal, mas isso é a maior mentira que a humanidade já inventou. Na verdade, essa idéia é a mais erronea da qual já se ouviu falar. Como afirmar tais coisas quando é possível ver que fases de caos mundial poderiam ser inexistentes se a arte fosse valorizada? Vidas poderiam ser poupadas e dores poderiam ser atenuadas com a arte.

Se Van Gogh tivesse sido valorizado em vida (e olha que nem tinha TV pra se apelar como "arte"), certamente ele não entraria em depressão, não acabaria na bebida, sem mulher e com uma orelha na mão.

Se Hitler tivesse alcançado o que ele sempre almejou, e conseguido virar pintor de sucesso e ator; mesma forma que Goebbels, se tivesse virado o escritor roteirista que ele tanto almejava, quantas mortes teriam sido evitadas? E mais, quantas obras famosas e valorizadas teriam sido mantidas, quantos filmes Fritz Lang teria ainda feito, mantendo por mais algumas levas o saudoso expressionismo alemão? A Segunda Guerra foi, sem dúvida, uma revolta contra a arte de subúrbio e contra aqueles que são capazes de se manter de arte, mesmo que isso signifique se manter mal, dentro da Alemanha.

Podemos seguir adentrando em situações econômicas conflituosas...

Se Reagan tivesse sido um bom ator, ou tivesse sido reconhecido como tal (o que não é difícil em Hollywood), não teríamos o escândalo Watergate, nem o caos que isso teve por conseqüência no mundo.

Se o Clinton fosse valorizado por seu Sax antes da presidência (afinal, ele era bem bonzinho... mas a presidência que o fez um "grande" saxofonista, e ainda alavancou as vendas de saxofones pelos EUA), a Guerra Fria não teria tamanha extensão e força, o Capitalismo seria mais calmo hoje em dia. E mais! Um simples boquete ou uma traição não sairia em voga como uma agressão à moral e aos bons costumes. Afinal, vida de músico não é assim???


Mas não... o tal bichinho da arte deve ser curado com remédios, nunca com a valorização dos casos raros que produzem porque têm um chamariz... não, eles ainda optam por crucificar aqueles que se dedicam a um belo múltiplo, uma valorização de raízes, uma criatividade ilimitada.


Salve a Banheira do Gugu!